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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Halloween


Halloween?     Festejar SIM ou Não?       Para quê?

A comemoração da festa do Halloween, que se realiza na noite do dia 31 de Outubro para o dia 1 de novembro, sempre levantou algumas controversias e constrangimentos entre aqueles que são a favor da festa, acolhendo alguns gestos e simbologias estrangeiras e, outros que discordam de tal aplicação, não vendo quaiquer beneficios associados ao tema. A divisão de opiniões divide-se assim entre os que são a favor e defendem esta festividade apontando alguns beneficios especialmente para o publico mais novo e outros que apelidam este beneficio de mero abuso comercial que incentiva a um maior consumo.
Não querendo desvalorizar e descredibilizar estes dois lados, cumpre-me ver a questão da aplicação desta festividade apenas em termos pedagógicos, como um dado motivador e potenciador de oportunidades de novas aprendizagens.
 Se encararmos a educação como uma forma atual de refleção continua e questionamento acerca de tudo o que nos rodeia, que nos permite ir construindo relações de   estruturação do nosso pensamento e de aprendizagens continuas, que contribuem para o desenvolvimento global de cada criança de forma aprazível e positiva é facilmente perceptivel que nos envolvamos de forma consciente sobre este tema, desmistificando tudo o que foi construido à sua volta.

Vejamos:

1º - O Medo: o halloween reveste-se de cores e personagens que intencionalmente nos confronta com o que mais tememos sejam eles bruxas, vampiros, o escuro, etc.

2º - O Consumo: as fantasias, as pinturas, as máscaras, os doces, que são intencionalmente levados a comprar e a consumir pelos média e pelo mercado.

3º - A tradição Inglesa: que se implementou ao de leve, primeiro pelos Professores que lecionam a  lingua, estendendo-se já a outros. A própria terminologia da palavra, que foi integralmente importada sem a sua tradução/substituição.

Abordando agora cada um dos pontos mais pormenorizadamente:

O Medo: o medo é um comportamento inato que se não for em exagero (fobia)  é considerado benéfico e até mesmo salutar, pois tem a função de prevenção de acidentes. O medo tem no entanto que ser entendido e compreendido, e para que isso aconteça,  primeiro tem que ser explicado e confrontado pela própria pessoa detentora do mesmo.
Há assim medos que podem ser aceitáveis e compreendidos e outros que têm de ser a pouco e pouco combatidos e postos de lados pelo carácter absurdo, exagerado e nada salutar que nos empurram para a insegurança e para a não superação das nossas dificuldades e consequente crescimento (por exemplo quem nunca ouviu a ameaça do quarto escuro, do papão e do homen do saco?).
Existem medos que devem de ser passageiros e que fazem parte da idade e da maturidade de cada uma das crianças (é compreensivel e aceitável que uma criança de 2/3 anos tenha medo do escuro e da sua sombra, pois este fator na grande maioria dos casos está associado à incapacidade de compreender os fenómenos que estão na sua origem).
Por isso dizer que as personagens associadas ao Halloween, vão trazer medo acrescidos às crianças, deixando-as aterorizadas e sem dormir à noite, não é um conceito válido e aceitável.  Relembro que também existem séries televisiveis, jogos e outras coisas mais, que deixam marcas mais notórias e por vezes irreversíveis nas crianças, toldando o seu comportamento e personalidade. 
Os medos são tão importantes de serem trabalhados como as coisas boas. O amor e a amizade fazem parte da vida. O simbolismo por detrás do dia das bruxas tem algum motivo de ser e é isso que nós adultos, temos de explorar para depois adequar melhor a nossa acção perante o grupo. Desmitificar e fazer compreender o medo, "matar" o medo. Mostrar que as coisas têm significado se as analisarmos, se as confrontarmos e olharmos para elas, especialmente os medos exagerados que algumas crianças têm das bruxas, dos fantasmas, dos morcegos, etc. O medo assume assim a função de catarse, em que as crianças têm necessidade dele, para se explicarem, para vivenciarem e porem cá para fora as suas ângustias e más experiências, é assim que tomando consciência dos medos, que estes vão sendo superados.

O Consumo: as crianças devem de cedo ser ensinadas a perceber o que podem e não ter; o que os pais podem e devem comprar; sabemos que as crianças que são habituadas a ter tudo o que querem, sempre que querem e quando querem, não são as mais felizes e por vezes não sabem dar o devido valor às coisas. Por isso cabe aos pais explicar aos mais novos o poder da publicidade e que esta não deve conduzir as suas vidas. Só  compra quem quer. E saber dizer não é saudável e construtivo.
Na escola as crianças com poucos materais e materiais recicláveis aprendem a construir muitas coisas que servirão de imediato as suas necessidades. É segui o lema: com pouco se faz muito. Um lema muito adequado aos dias de hoje.

A tradição Inglesa:  Uma das àreas de contéudo que faz parte a Educação Pré-escolar é a àrea do Conhecimento do Mundo. Ora esta área tem a ver com o conhecimento que adquirimos sobre tudo o que nos rodeia e influencia o nosso comportamento.
A tradição Inglesa - Halloween, não foge a esta regra, aliás as próprias crianças já muitas a denominam com o esses termo Inglês. Porquê? Porque elas são atentas e sem darmos por isso vão ouvindo, vão vendo e "lendo" as noticias das capas de revista, do telejornal e da publicidade que passa a meio das telenovelas, que as mamãs costumam ver, etc.
E então questionam o porquê das roupas, das cores, dos fantasmas e das bruxas. E porque tudo o que se faz no Jardim de infância passa pelos interrresses manifestados pelas crianças, é normal que os diálogos vão sendo estabelecidos e as partilhas de opiniões e de constatações do que cada uma sabe acerca do tema, vão surgindo também. E assim tal como outra atividade que esta começa.

Seria mais fácil e correto fingir que o hallowen não existe?  que as abóboras, morcegos e bruxas que se vêm nos super/hiper mercados e pelas ruas não estão lá e que estas nada simbolizam?







Ao trabalhar esta comemoração as crianças podem ver acrescidas várias oportunidades:
- estarem, mais aptas para se situarem no quotidiano das noticias da atualidade, sabendo o que se passa no mundo,  o que significa esta data e que tudo aquilo que vêem não passa senão de uma pequena encenação de pessoas adultas ou crianças que se vestem de uma forma carateristica para vestejar esta tradição Inglesa, mas que também já cá chegou à Europa.
- as noções temporais de tempo, espaço, também são intensificadas quando se trabalha este tema;
- a exploração das cores primárias e secundárias (laranja, preto, branco...) e as várias tonalidades (escuro, claro);
- a exploração do esquema corporal (com a exploração do esqueleto humano);
- a exploração das formas geométricas
 -relembrar as noções de alimentação correta e exageradas (doces consumidos em dias de festa, etc);
- E muito mais....

Aqui deixamos alguns registos do que fizemos neste dia e vejam pelas nossas expressões o nosso agrado ou desagrado por esta atividade.

 Confecionar a Bruxa Mimi com formas geométricas:












 Picotar e pintar vampiros:



Decorar os chapéus de bruxa e pintar a cara:

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Escutar, ver e (re) aprender a canção do Fantasminha Brincalhão:





Participamos do enterro e matamos a bruxa (ou seja enterramos os nossos medos)

A Bruxa de papel estava recheada de ossos de chocolate. Sem sabermos batemos com a colher de pau na bruxa, afuguentando os nossos medos e exteiorizando a nossa repulsa e energia acumulada pelo n egativo e mau.
Já no fim, com muita coragem memexemos o vestido da bruxa e recolhemos bocadinhos de chocolate que lá estavam guardados. Como recompensa doce, para quem desgatou a sua energia a expulsar o medo, batendo na bruxa má.


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Recepcionar os colegas da turmna de Inglês que vêm cantar e distribuir rebuçados

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A história da Bruxa Mimi e do seu gato possibilitou-nos divertidamente brincar com as cores, com as palavras e com a imaginação. Ora espreitem e peçam às vossas crianças para vos recontar a história. Este é um bom exercicio de treino cognitivo (atenção, relembrar de fatos e pormenores
e fonológico ( um dos pré-requisitos básicos para a aquisição de leitura e escrita)

A Bruxa Mimi

A Bruxa Mimi foi para a biblioteca e para a àrea da Informática:


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